quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estado Islâmico, uma bolha prestes a rebentar

Os desenvolvimentos das acções referentes ao Estado Islâmico têm ocupado milhões de páginas de jornais por todo o mundo. O extremismo associado a uma demanda religiosa, que tem como objectivo o estabelecimento de um califado que se estende até terras ibéricas e a consequente chacina que daí decorre, têm insuflado o ego deste grupo para patamares que até à data não se tinha conhecimento no mundo ocidental. A mais recente acção do Estado Islâmico passou pela execução de 21 Cristãos coptas e egípcios que teriam sequestrados na Líbia. O resultado concretizou-se numa resposta célere do Egipto, centrando-se em bombardeamentos na cidade de Derna, tendo sido utilizados para o efeito F-16 idênticos aos da Força Aérea Portuguesa. Numa entrevista à CNN o o exército egípcio firmou "vingar o sangue egípcio e punir criminosos e assassinos é o nosso direito e dever".




A Liga Árabe, por sua vez, também já veio pronunciar-se sobre a crescente ameaça que é o Estado Islâmico, onde assumiu uma posição bélica perante a possível resolução do problema. Equaciona, aliás, a criação de uma força de intervenção rápida, enquanto aguarda pela reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A possibilidade do desenvolvimento de acordos de defesa mútua, é uma "bandeira" que tem sido acenada pela Liga Árabe aos diversos ministros de negócios estrangeiros, tendo sido o Egipto um dos principais impulsionadores da proposta. Este facto poderá ter como base o próprio ataque desenvolvido pelo Egipto, dos quais resultaram diversos mortos, entres os quais vítimas civis, além das baixas previstas.
A presença do Estado Islâmico em terras Líbias poderá significar o início das preparações para a passagem para terreno Europeu. Aquando da última execução, foi delimitado o objectivo de "conquistar Roma", cidade que fica aproximadamente a 2200 Kms de Tripoli.
Relembrando a problemática associada ao País italiano no que concerne à emigração ilegal, facilmente se apreende a gravidade da situação, caso estas movimentações clandestinas passem a ser objecto de movimentações estratégicas transcontinentais. 
É sabido de facto que existe actualmente este objectivo, por tal importa uma contenção proactiva ao invés de reactiva, sendo fulcral o contributo de nações, que derivado dos seus ideais culturais, afastaram da sociedade ocidental, mas que neste momento, por uma questão de objectivos securitários comuns, se estão a juntar, apelando a um conceito comum de segurança global.
A acção descontrolada do Estado Islâmico, procurando afirmar-se como uma potência em ascensão, está a desenvolver uma causa anti-jihadismo global, a qual só teve equivalente aquando do ataque às torres gémeas. A "caça ao terrorista" está de novo em cima da mesa e o novo objectivo é o Estado Islâmico. 



Sites consultados:

- http://observador.pt/2015/02/15/estado-islamico-divulga-video-da-alegada-execucao-de-21-egipcios-cristaos/

- http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/02/egito-vinga-morte-de-cristaos-com-bbombardeio-contra-o-estado-islamicob.html

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