sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A expansão do Estado Islâmico à Península Ibérica

A polícia espanhola encontra-se neste momento a viver momentos de tensão. Um alerta foi difundido de que o Estado Islâmico (EI) apresenta intenções de actuar contra as forças de segurança espanholas, usando as mesmas técnicas que até então foram dadas a conhecer ao mundo, rapto e execução.
Pela proximidade territorial, esse alerta acabou por chegar também às forças de segurança pública portuguesas, o que levou as autoridades a sensibilizar os seus agentes para evitarem o uso de uniforme no trajecto trabalho - casa e casa - trabalho, além de ser exigido o uso de arma 24H, inclusive pelos elementos administrativos, que pelo seu desempenho de funções não o fazem regularmente.
A ameaça em território português acaba por não ter um carácter efectivo, contudo, tal como refere o presidente do Sindicato Nacional de Polícia, Armando Ferreira: “Fomos informados desta situação pelos nossos colegas dos sindicatos de polícia em Espanha. Mais vale prevenir do que remediar e Espanha é mesmo aqui ao lado. Por isso, preferimos emitir recomendações”. 
De facto a verdadeira ameaça incide mais especificamente sobre o território espanhol, região que é identificada pelo EI como al-Andalus (denominação muçulmana nas datas de 711 - 1491).
Espanha é assim identificada, como sendo a terra dos avós dos membros do EI, ao que prometem avançar sobre ela numa perspectiva de reconquista territorial.
A ameaça tem-se vindo a concretizar com a publicação (por parte do EI) nas redes sociais, em modo de reivindicação, de monumentos históricos construídos nos tempos de ocupação muçulmana. O facto encontra de tal forma reflexo na efectividade da sua concretização que o ministro do interior espanhol, Jorge Fernández Días, reconheceu em Março que o território espanhol faz claramente parte dos objectivos estratégicos globais da Jihad. O falecido rei Abdullah da Arábia Saudita, advertiu, por sua vez também, que os jihadistas poderiam avançar para a Europa em apenas um mês.





A interpretação destes elementos destaca os moldes de ameaça que têm, de forma efectiva, de ser encarados numa perspectiva de concretização. As décadas de paz que Portugal tem vivido, tem moldado a mentalidade portuguesa para uma descontracção genética, que pode influenciar a capacidade de discernimento na interpretação de uma ameaça que se está a começar a concretizar às portas das casas lusitanas. A própria participação de elementos portugueses na causa islâmica, demonstra que há muito que esta realidade entrou de forma dissimulada na vida dos portugueses e que a morte desses mesmos elementos, tal como foi o caso de Mikael Omar e Sandro "Funa", é um rastilho que pode iniciar um movimento de captação em território português, como até à data ainda não se viu. 
   


Sites consultados:

- http://www.noticiasaominuto.com/pais/337935/agentes-da-psp-recebem-alerta-de-raptos-por-parte-de-terroristas

- http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4358811

- http://rt.com/news/170480-spain-isis-invade-threat/

- http://oglobo.globo.com/mundo/estado-islamico-tem-planos-de-conquistar-peninsula-iberica-13829029

- http://www.jihadwatch.org/2014/09/islamic-state-releases-map-of-5-year-plan-to-spread-from-spain-to-china

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