quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Drones - As capacidades do DAESH e a introespecção ocidental

 




Um grupo de analistas britânicos que se denominam a primeira agência civil de intelligence formulou um cenário em que dezenas de drones, devidamente comandados por elementos do DAESH, concretizavam um ataque a um evento desportivo de alta visibilidade, libertando bombas sobre os espectadores, disseminando o pânico em directo para as televisões a nível mundial. 
Esta realidade é algo, para já, que se apresenta como um aparente fraco argumento para um filme classe B sobre um ataque terrorista aos Estados Unidos, contudo, algo nesta ideia deverá de facto ser analisado com olho crítico.
Os drones são hoje em dia um excelente equipamento de tecnologia que se encontra ao alcance de todos, fixando-se a sua venda entre os valores de 200 euros e 600 euros, mediante a qualidade do aparelho. São máquinas excepcionais que permitem realizar vídeos, que têm um excelente poder de alcance e que estão até mesmo em vias de ser utilizados para entregas por algumas empresas, tais como a Amazon.
Existe contudo o reverso da medalha, onde se tem verificado que estes aparelhos são utilizados para captar de forma não autorizada imagens de vizinhos na sua privacidade e que têm sido realmente utilizados para captação de informação (intel) por parte do DAESH no Iraque e na Síria.
Os aparelhos que milhares de crianças e adultos anseiam por adquirir está de facto a tornar-se um acessório na propagação de acções terroristas, visto permitir o reconhecimento de terreno, identificar adversários e confirmar as suas capacidades e por fim recolher em directo os resultados das suas acções, de forma a garantir assim a alimentação da máquina de propaganda desenvolvida pelo Estado Islâmico, com vídeos e imagens reais das suas capacidades.
O futuro tecnológico está a tornar-se uma ameaça às sociedades democratizadas e ocidentalizadas, não por culpa da natural evolução da tecnologia, mas pela realidade em que o "mundo" ocidental vive, onde grande percentagem dos países (pelo menos daqueles que têm poder de decisão transnacional) não conhece a realidade da guerra prolongada há mais de 70 anos. Esta paz não qual as nossas gerações têm vindo a crescer, desenvolveu uma pronfunda consciência de que as ameaças não afectam este lado do mundo, sendo deixados de lado os princípios de segurança e defesa individual, em prol do bem estar e da descomplicação da vida corrente.
Estes conceitos foram recentemente abalados por ações terroristas, que até recentemente não se julgavam possíveis em território europeu. A realidade SCHENGEN, em prol da facilidade comercial, comprometeu aspectos de defesa das nações, permitindo uma livre movimentação de pessoas por uma extensão de território incalculável, onde se torna quase impossível rastrear os percursos tomados.
É essencial parar e analisar o que até agora era "normal" e o que daqui para a frente poderá essa normalidade influenciar. 
As movimentações aéreas de aeronaves são unicamente autorizadas a máquinas que sejam possíveis identificar, contudo o mesmo não se reflete no manuseio dos drones, apesar de utilizarem o mesmo espaço aéreo que os aviões. 
É de extrema importância definir legalmente quais os moldes de utilização para os drones que se adquirem em qualquer loja do nosso País, acima de tudo para garantir que as crianças e adultos que anseiam pela sua aquisição o possam continuar a fazer, mas de forma a que se impeça utilizações menos honestas ou até mesmo terroristas.



Sites consultados:

- http://www.thedailybeast.com/articles/2016/02/24/will-isis-launch-a-mass-drone-attack-on-a-stadium.html




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Exercício Real Thaw 2016





Está em marcha um dos grandes exercícios da Força Aérea Portuguesa para este ano: REAL THAW 2016.

Este exercício, que teve início em 2008 após duas forças militares (dinamarquesas e holandesas) terem sido destacadas para a Base Aérea nº5, em Monte Real, surgiu com a necessidade de criar condições de treino em cenários de acções conjuntas (entre forças do mesmo país) e combinadas (entre forças de países diferentes) com as esquadras de voo portuguesas.

O sucesso do exercício foi de tal ordem que depressa surgiu o convite para a concretização do que até então é conhecido como REAL THAW.

Este ano o exercício decorre em terras do Alentejo, mais propriamente em Beja (Base Aérea nº 11) e conta com a participação de forças militares Belgas, Dinamarquesas, Espanholas, Norte-Americanas, e Holandesas tendo como objectivo avaliar e certificar a capacidade operacional das Esquadras envolvidas, proporcionando oportunidades de treino, qualificação e aprontamento das forças.






Mais informações sobre o exercício aqui.



Sites consultados:



- http://www.emfa.pt/www/po/exercicios/pagina-RT8-001.004